segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Capítulos 16 - Aparelhos E Mentes

Tivemos aula teórica sobre aparelhos usados no plano espiritual. Infelizmente não posso descrevê-los com detalhes por dois motivos. Primeiro, não tenho meios de transmitir, e a médium, desconhecendo, torna-se difícil.

Segundo, não tive autorização do plano superior para descrevê-los com minudência, porque este
relato, sendo público, poderá ser lido também por maus.


No plano espiritual há muitos aparelhos. Todos lindos e úteis. Já conhecíamos todos, muitos deles
usamos nas excursões e na vida diária na Colônia.


Nenhum polui nem ocasiona acidentes. Acidentes não acontecem por aqui.

Começo narrando os maravilhosos aerobus, aparelhos de locomoção, uma mistura de ônibus e avião, para curtas e longas distâncias, para pequenos grupos ou muitas pessoas.


As telas, usadas em muitos Centros Espíritas pelos desencarnados trabalhadores para que os
indivíduos vejam acontecimentos, principalmente do passado, são leves, simples e muito práticas.


Há o removedor de ar, aparelho usado para coletar fluidos, sejam os bons, para armazenar, ou os
ruins, para limpar o ambiente. Lembra um pouco um aspirador terreno, é leve e prático.


Existem os aparelhos usados principalmente nos Postos de Socorro, para deixar o ambiente com
temperatura agradável. São instalados numa parte do prédio.


Há os aparelhos de vigia e os que medem as vibrações. Também existem os aparelhos de defesa e os lança-raios, que parecem um lança-bolas. São leves, e há os que são pequenos, de oito centímetros.


Existem, ainda, os aparelhos parecidos com a televisão e os vídeos.


São muitos, todos úteis e maravilhosos.


Os espíritos do Umbral têm também muitos aparelhos dos quais fazem uso. Aprendemos, em aula, a usá-los e a neutralizá-los.


Tivemos, nas aulas, conhecimento de todos os aparelhos existentes no plano espiritual. 


Aprendemos a usá-los mas não a construí-los.

Existem oficinas nas Colônias para tais procedimentos.

Só tivemos a parte teórica, em que manuseamos vários aparelhos. Também não houve aula de
conclusão, porque as dúvidas foram tiradas durante a aula teórica.


Conversamos muito, trocando idéias. Narrei aos colegas um fato do meu conhecimento.


- O Centro Espírita que freqüentei, quando encarnada, recebeu, por certo período, a ajuda de um grupo de espíritos sediados no local chamado Colina. São todos orientais, Flor Azul faz parte desse grupo.


Todos esses espíritos são encantadores, assim como Flor Azul. Dentre eles, há um médico especial de nome Tachá. É exímio construtor de aparelhos, mas o mais impressionante é a sua maneira de curar seus doentes.


Com alegria, graça, bondade contagiante, envolve seus pacientes num canto manso e harmonioso, enquanto lhes recupera o perispírito. O resultado é surpreendente. Depois que desencarnei, indaguei a Maurício, amigo médico que trabalhou com essa equipe, o porquê de ele ter tanta facilidade e rapidez para curar. Disse-me que, enquanto ele, Maurício, curava o doente de fora para dentro, Tachá envolvia o paciente pela música, fazendo com que iniciasse sua própria mudança interior, ajudando-se. Enquanto nós, dizia Maurício, com a nossa maneira fazemos tudo sozinhos, ele faz o próprio doente recuperar-se; daí sua habilidade.


- Esses aparelhos foram descritos no livro Violetas na janela.


Em seguida, tivemos uma aula sobre a influência da mente. Sabemos bem que se pode influenciar e
que podemos ser influenciados tanto para o bem como para o mal. Mentes perversas podem prejudicar outras: desencarnados a desencarnados, desencarnados a encarnados e encarnados a encarnados.


- Vocês devem, sempre que possível, influenciar, tentar transmitir aos outros pensamentos bons, de
alegria, paz e amor - disse Frederico.


A mente tem muita força. Mentes treinadas fazem muito. Vimos em filmes várias formas de usar a
mente, para o bem e para o mal.


Com a mente, pode-se criar, plasmar objetos. 


Tentamos plasmar algo. Foi uma alegria! 

Certamente, necessita-se de muito estudo, treino e domínio da mente para fazer isso. Ajudados pelos três instrutores, conseguimos plasmar três rosas, que logo desapareceram. Duas foram cor-de-rosa e a terceira, metade vermelha, metade amarela. Rimos muito.

Flor Azul, convidado a participar da aula e a nos dar demonstração, sorriu e não se fez de rogado.


Tranqüilo, sentou-se cruzando as pernas como os logues, mentalizou por minutos, e uma caixinha marrom surgiu. Uma espécie de porta-jóias. Que será que tem dentro? - Marcela perguntou.


Podemos abri-la? - Indagou Nair, curiosa.


Com autorização de Flor Azul, abrimos. Dentro, havia uma placa, parecida com madeira, com os
dizeres nela gravados: ”A sabedoria é a fonte da prudência”. Aplaudimos, ele ficou encabulado.
- Lindo! - Dissemos entusiasmados.


Soubemos o tanto que se pode fazer com a mente e que todos somos capazes. Basta estudar e querer!


- Ao dar um passe, o passista está influenciando quem o recebe? - Indagou James a Raimundo.


- De certa forma, sim, influenciando para o bem. 


Passes significam transfusões de energia. São
doações e, para isso, quem dá passes tem que ter, para doar. Nos Centros Espíritas ou com pessoas boas que benzem, ou com quem dá passes, há sempre desencarnados bons que ajudam nessas doações.


- Passes são úteis? - Indagou Glória.


- Sim e muito. Para pessoas enfermas são muito úteis. Para pessoas obsedadas, de grande ajuda. 


Para os médiuns que não trabalham com sua mediunidade, é como tomar comprimido para dor de cabeça, corta-se por determinado tempo o efeito, mas não se elimina a causa. O passe deve ser encarado como um remédio poderoso e, como todos os remédios, não deve ter abusos. Não é certo acostumar-se com passes e tornar-se um papa-passes e tomá-los por tomar.

- Já escutei sobre os passes que, se bem não fizerem, mal não fazem - disse Rosália.


- É errado. Só faz bem. Não devemos menosprezar assim algo tão útil e tão sério, que exige tanto do
passista. Passe é algo maravilhoso. Tanto que os espíritas conscientes fazem cursos, estudam, para praticar tal evento. E deveria ser mais valorizado.


Aprendemos a dar passes, antes de visitar o hospital da Colônia, e isso na primeira aula. É simples,
mas necessitamos estar bem conscientes de que estamos transmitindo o que temos. Nós, desencarnados, podemos dar passes em encarnados, que não vão receber como o de um médium, porque não temos fluidos materiais, mas sempre são de grande ajuda.


Aprendemos a fluir água. Em Centros Espíritas, para os freqüentadores em geral ela é só energizada.


Os encarnados sempre devem deixar água limpa para isso. Sempre que se encontram impurezas, devem ser neutralizadas. Existe a água separada para certas pessoas onde são colocados os remédios de que necessitam.


Sempre quem faz isso é a equipe médica, mas como normalmente muitos necessitam de ajuda, aprendemos para ser úteis.


Essas aulas, embora curtas, foram de grande proveito.

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